A Garganta da Serpente

Mário Pederneiras

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Eterna

Intérmino que fosse o Caminho da Vida
E eterno o caminhar do nosso passo incerto,
Fosse na estrada larga ou fosse no deserto,
Sem lar, sem pão, sem paz, sem sol e sem guarida;

Intérmina que fosse a estrada percorrida.
Sob o Céu todo azul ou de nuvens coberto
E, o repouso fatal nunca estivesse perto
E a distância final nunca fosse vencida;

E vencendo ao caminho as urzes e os escolhos,
As lutas, o pavor, o cansaço do dia,
A fraqueza do passo, a tristeza dos olhos;

Meu pobre coração nessa eterna ansiedade,
Nesse eterno sofrer, eterno arrastaria
Esta triste, esta longa, esta eterna Saudade.


(Mário Pederneiras)


voltar última atualização: 03/04/2005
8919 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente