A Garganta da Serpente

Mário Sérgio de Souza Andrade

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

NOTURNO V

Será meu limite
saber onde termina
a avenida principal ?

Minha valentia
rola nas calçadas
das bocas de lixo ?

Seria Valentina
a do vestido encarnado ?

Bebia as noites
nas taças meia-lua
e servia as encantadas
criaturas da penumbra .

Sorria à meia-noite
e encarava as mesas postas,
Garrafas nas costas,
Bilhetes nos pires,
Deveres nos atos .

Trôpego ensejo
o beijo do bêbado
o sonho do náufrago
para onde a bússola aponta .

Precisava estar naquele lugar
a magia roubava as vontades
e ouro-de-tolo
os desejos alheios .


(Mário Sérgio de Souza Andrade)


voltar última atualização: 27/08/2007
3654 visitas desde 27/08/2007

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente