A Garganta da Serpente

Marisa Bragalia

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Uma triste Trajetória

Era uma vez um barco
Na calmaria do mar...
Lentamente deslizava o barco
Sobre a onda azul.
Dentro dele a alma
De um marujo
Navegante alado com seu sonho
Sonho bom.
Irreal o caminho e por isso triste o navegar ,
Impossivel porto, cais distante,
Proibida trajetória,
Naufragada alma dos sonhos de além mar .
Era uma vez um mundo
De alegrias e risadas tolas
Com momentos irreais e bons
Que o som da realidade encobriu
Na lágrima que jorrou da alma.
Partiu em meio a dor
A embarcação.
Porém,
A saudade veio e invadiu a vida
Sequestrou a alma nessa solidão azul
De um barco que partiu no meio da ilusao.
Anoiteceu no cais da alma.
Era uma vez
A poesia que vinha daquele barco
E da ilha solitária e triste
Poesia se foi pra longe também
Levando consigo os pássaros da paisagem.
Ate mesmo a gaivota que longe voava...
No horizonte sumiu.
Como se a vida ofuscasse a ilusão
E deixasse pra depois o brilho da paisagem.
Seguiu o barco e retornou ao porto
Distante a ilha ficou
Deserta e triste.
E da partida
Só restou o grito
da saudade
que
enlouqueceu.


(Marisa Bragalia)


voltar última atualização: 29/06/2005
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