A dor suprema
...E o instinto se fez carne...
Em campo fértil lançou-se a semente
E o ser brotou e se fez gente...
Sem querer, sem saber o porquê,
Vê-se sobre o solo, o elemento.
Macho ou fêmea? Que importa saber?
Apenas gente... Nada mais que gente...
Mas chega o dia fatal da pergunta latente:
_ Que faço eu aqui? Ninguém me consultou!
Não lembro dia algum desse desejo...
Foi tudo consequência intermitente...
Dois corpos famintos de sensual prazer.
Dois corpos, a libido e talvez um beijo...
Sois vós os culpados, devolvam-me "o não ser."
(Maristel Dias dos Santos)
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