A Garganta da Serpente

Marlene Kuhnen

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CANOS...

Ah, como pesa esse fardo inventado pela mentira
Dos homens
Das ganâncias tão
Fluídas de seres
Esqueléticos, que dobram a pele fina dos corpos
Rasgados pelos dedos
Apertados em gatilhos
Mancos, de bombas
Frias, que estilhaçam
A alma, e domam as
Mentes pueris
Com seus bolsos
Abarrotados de notas podres
Apodrecem os caminhos
Leves, dos pés cançados
Dos olhos tristes
Das mãos calejadas
{ do balcão induzido}
pela mente insana
através de seus olhos
escondidos pelos olhos (óculos)
do verde negado
transfigurado, em sorrisos
insistentes
de vida, transmitida
no sol, só sol!
Cor plena, que dobra
A escoria
Vira na esquina
Não consegue o cano
Combater, aquilo
Que em nos,
Insiste em
ser, Ser!


(Marlene Kuhnen)


voltar última atualização: 24/11/2007
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