A Garganta da Serpente

Marly de Castro Neves

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Não dá para esquecer...

Os homens tinham os planos idealizados
Visualizando algo bem mais distante.
Nem sequer os tinham batizado,
Mas alguém já se pronunciara naquele instante.

Tudo vai pelos ares, é um ato presente,
Os homens alienados correm desesperados de lá.
Mas as mães do Afeganistão não estão ausentes.
Apertam, agarram, asfixiam os filhos de Alá.

Ah! Criança do Afeganistão, nada haverá de mal,
Você tem o sonho e a esperança no coração,
Aparece triste, noites e dias no sonho real.
Ó! Deus meu, eu a vejo só na televisão...

Com tristeza vejo os inocente ofendidos,
Os homens aflitos e nada posso concretizar.
Observo a fome, a doença, à sofreguidão de todos,
Mas sinto que Deus é Alá, é Jeová, é só cristianizar.

Em memória dos que se foram e de tanta desolação,
Guardem o rancor, seus mísseis, seus aviões de guerra.
As crianças oram e pedem amor, choram e pedem pão.
Choramos os mortos do Pentágono e do Afeganistão.

(20/10/2001)


(Marly de Castro Neves)


voltar última atualização: 24/05/2010
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