A Garganta da Serpente

Marta Vaz

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Com requintes

Essa gente toda que nos olha sem nos ver;
Essa gente toda não tem noção do que vê;
Essa gente nem sempre toda todo tempo;
Essa gente se esvai como na gente alguns transbordam ou vão.
Não me lembro quanta gente esteve aqui dentro?!
Mas isso não importa.
Pois quem já esteve, já não o é.
E quem foi, na verdade não deixou de ser.
Então espero que dessa gente toda,
Salte um olho,
Pelo menos um que seja.
Menos horrendo que uma mandíbula cheia de dentes;
E mais voraz e sedento que as garras de um predador em sobrevivência.
Pois só assim serei devorada,
Com requintes.


(Marta Vaz)


voltar última atualização: 24/04/2008
5590 visitas desde"24/04/2008

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente