A Garganta da Serpente

Martinho Ferreira de Lima

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

À SUPREMA MAGICATURA

A inferir a razão dos crimes torvos,
que o "sistema legal" tolera impune,
em meu andar insurreto absorvo,
plenos pulmões, o ar da noite ilune.

Tem as asas sinistras, qual um corvo.
o carrasco frio, cuja espada zune,
aniquilando os que lhe são estorvos,
para que ninguém mais o importune.

Maldito tribunal, onde a injuria,
é um esteio central na corte espúria,
que só outorga direito ao opressor.

A injustiça me punge e minha face,
vê no "supremo" recinto o disfarce:
O hodierno Procusto e o pavor.


(Martinho Ferreira de Lima)


voltar última atualização: 29/04/2008
11071 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente