A Garganta da Serpente

MAR-VÃO

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

DANIELA E O RABI

Não existe um dia de Daniela
Um feriado na folhinha só pra ela
Os dias são meus, são teus, são dela
Porque o sol nasceu na passarela

No mesmo dia que Daniela nasceu
A virgem santa um anjinho concebeu
Ele zerou o mundo: a páscoa dos hebreus.
Revelou profundos pensamentos - Deus!

Porém no dia que Daniela morrer
Assa-de-águia, Olodum, kachinguelê.
Cantam a bahia que consagrou você
Exaltam a folia numa explosão de auê!

Bem diferente com Jesus aconteceu,
Tantos milagres, quanta curas concebeu,
À mercê do homem, judas o venceu
Na hora da cruz! São Pedro escafedeu.
Mas entre dois ladrões, o "Bom" se arrependeu.

Mas foi pra isso que o Cristo nasceu aqui,
E Daniela pra cantar, dançar, sorrir.
Mulher de carne e osso, rocha, pedra rubi.
Ela fruto caroço, Ele senhor Rabi.


(MAR-VÃO)


voltar última atualização: 16/02/2004
3216 visitas desde 01/07/2005

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente