A Garganta da Serpente

Mauricio Carneiro

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depressão

I

absorto
dia após dia
mato o tempo morto

nas horas que passo a esmo
a fazer drama de ninharias
procuro fugir de mim mesmo

disse o poeta: pra que cara feia?
mas não perco a compulsão
de me dar um talho na veia

II

na opressão padeço constrito
aflito transpiro tormento
pensamento - dar cabo de mim
a fim de extirpar o sofrimento

não sei de onde vem tão negra melancolia
que exaure minhas forças feito hemorragia


(Mauricio Carneiro)


voltar última atualização: 03/06/2004
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