A Garganta da Serpente

Mauricio Duarte

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PARÁBOLA

Uma estrela noturna
e grave impede o
movimento que agora
está para sempre oculto
- preso somente na intenção
de um gesto vencido.

Desassombrado, recolho
das ruínas duas
auroras invictas.

Recrio o universo
com passos de areia
e legendários escombros.

Um elemento grávido
de rara luz me oferta
olhos e águas sem
violência.

Possivelmente uma
saída me espreita
nas mãos do
derradeiro mito:

sou algo que vaga
entre
o Gênesis e o Nada.


(Mauricio Duarte)


voltar última atualização: 11/09/2003
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