A Garganta da Serpente

Max Evangelista

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Anhagabau

Aqui estou outra vez pra tua sombra
Venho clamar abrigo e proteção
Sou devoto de Baco
Ando sozinho no silencio de noites escuras
Esfrego-me nojento com homens e mulheres que não conheço
Puxar um trago
Sentir o ar correr quente nos vasos sanguíneos e depois
Loucura...
Ando sozinho entre becos escuros
Sou um caminhante
Sou um degredado filho de Eva a caminha em terra estranha me esbarrando com pessoas estranhas em noites frias
Tomar o litro de vodca que carrego por baixo do casaco molhado
Sentir o corpo anestesiado
Embriagado durmo na calçada
Os que passam não me percebem
Não me percebe o meu vizinho ao lado
Não me percebem os casais apaixonados que cruzam o anhagabau
Anhangá Deus-Demônio é quem me percebe e me da morada em suas calçadas
No seu vale, quanto vale a vida?


(Max Evangelista)


voltar última atualização: 13/10/2008
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