A Garganta da Serpente

Max Káliman

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Fim de Ano

Hoje eu vou dormir
Antes da meia noite
Me fechar e não sorrir
Não vibrar com um açoite

Se resolvermos, por exemplo,
Que amanhã não é primeiro
O que haverá de mais no tempo
Em que se ouve tal fogareiro

Então posso dormir tranqüilo
E não acreditar na inverdade
Os planos que não sigo
Essa data de normalidade

Por que quantos anos se passaram
E no final nada mudou?
Esses erros do passado
Que o futuro copiou.

Não há motivo pra júbilo
Essa noite durmo tranqüilo
Pois sei que é dia ultimo
Se desde amanhã eu já não vivo


(Max Káliman)


voltar última atualização: 16/09/2007
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