A Garganta da Serpente

Me Morte

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Ceia

Sonhos se perdem
Se a imaginação os espera...
Um alvo na cama, estirado,
Um teto solar entreaberto,
Refletindo indícios claros
De que vai amanhecer!
E o corpo nu apagado
Cobre os olhos desnudos,
Dos pelos a um desejo absurdo
De absorver, tomar, comer,
Antes que a consciência retorne...
Beijos ressequidos, breves,
Dos pés à cabeça, uma sede louca.
Tomando o que a mim foi ofertado
Por te ver ali, adormecido
Para meu gozo e meu prazer!
Sugo mil cálices em teu contorno
E enquanto não te seco total
E depravadamente, não largo.
Sem deixar vestígios, serro de vez,
Os lábios, numa insensatez...
Tomei tua essência, roubei-te
E de tuas forças alimentei-me
Caiu prostrado nos panos brancos
Enquanto Fugi de volta à vida
Na espera de teus agrados


(Me Morte)


voltar última atualização: 11/03/2008
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