A Garganta da Serpente

Merivaldo Pinheiro

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o agora-de-teu-coração

        I

Ele está aqui
eu O sei

não há outra estrela a seguir
mas preferes notícias de tua matéria

os amigos reunidos anunciam a boa-nova
mas preferes mineradoras de tuas mãos

o saber de teus olhos serão cinzas no fim da tarde
mas preferes enganar-te com teus lábios altivos

ainda assim, Ele faz vigília por ti
porque sabe das portas e janelas de teu caminhar

línguas-de-pê-agá-menor-que-sete, agudas
dirão não haver potes de mel depois do arco-íris
que tudo não passa da cauda chuvosa do sol de domingo

que a vida é um labirinto
e cada um por si mesmo encontre a saída

não temas!
Ele é o Sol que dissolve anéis de saturno
a Luz que renova sonhos perdidos

 

        II

é tempo de colheita
na Cidade, as sementes de tuas mãos
florescem o nome de tua alma
e a reserva de teu amor é morada do sempre

Ele está aqui
tu O sabes

vem!
não percas tempo em apagar tua memória
deixa o até-aqui para trás

é tempo de colheita
e não há muros na Cidade que te espera

a entrada é franca
traze apenas o agora-de-teu-coração


(Merivaldo Pinheiro)


voltar última atualização: 17/11/2006
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