A Garganta da Serpente

Maria Helena Santini

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Renascer da Própria Força

Um brinde seja feito à força que do vulcão emerge,
Feito lava incandescente que incendeia a encosta.
Escorre feito ácida calda rubra que incendeia e derrete,
A crosta que cobre o passado e traz a triste resposta.

Nada é mais árduo do que flutuar em ondas bravias,
À deriva dos ventos que rasgam a densa neblina.
Achar o rumo sem bússola e sem as estrelas guias,
Despir-se e queimar as rôtas vestes da velha rotina.

Você e eu sabemos que a vida é um moto contínuo,
São idas e vindas impostas num descompasso cruel,
Doces momentos vividos, tornados favos de fel.

Porém amiga, saiba que a vida dá imprevistas voltas,
Mesmo com dor, reaja contra a atrofia e a estagnação,
Porque do giro incessante, surge o poder da ressurreição.


(Maria Helena Santini)


voltar última atualização: 24/11/2007
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