A NAVALHA
Uma navalha fria rasga minha carne
Estilhaça meu coração
E me rouba o último suspiro
Uma navalha que ergue-se limpa de cada corte
Que proferiu contra uma carne
Já sem sangue
Sem vida, sem esperança
Uma navalha que leva a paz em cada golpe
E liberta um espírito
Das dores de uma existência sem sentido
De um sacrifício insano
Que já não suportava.
Caída a carne
Um espírito mudo, inconsciente
Levanta-se
Levanta-se livre... e agradece!
(Milena Milena)
|