A Garganta da Serpente

Mirrofer

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

O som e o silêncio

Suar em adoração
E amar até a exaustão
Em notas simples e suaves
Soltas, leves, insípidas, inodoras
Sofrimento em candura

Perdoar em benefício do amor
Chorando o agradecimento da dor
Encontrar o infinito, branco, depois transparente
É o nada que reflete a mente
Do próximo, de Deus, d'agente

Pisar no próprio orgulho
Olhando o lado escuro
Do humano, do eu, do tu, do mundo

É o vício, a abstinência
O som o silêncio
A morte na sobrevivência
De uma eternidade em acalento

Já não há mais procura
Já não há mais cura
São mundos que se fundem
Em vidas vividas que se unem

E o fim do começo
Da terra que retoma seu preço
Sem juros, se conformando com o que lhe resta
Uma porta, uma janela, uma fresta, em fim uma festa

(2004)


(Mirrofer)


voltar última atualização: 29/08/2008
3579 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente