A Garganta da Serpente

Misael Romano Accioly

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

A Lágrima

Dessa pupila viva, pequenina
Fonte de ânsias, queixas e amor,
Rompe uma lágrima de fulgente cor,
Como do orvalho a gota cristalina.
    Resvala pela face purpurina,
    Palpita, arqueja, estremece em for,
    Como a pétala de mimosa flor
    Que ao chão resvala na manhã divina.
Aqui, no alvo queixo, reclinada,
Detém-se um pouco, contemplando breve,
Inda uma vez, a face adorada.
    Depois ... oh! não mais palpita, e leve,
    Na hora extrema, como extenuada,
    Cair se deixa nos seios de neve.


(Misael Romano Accioly)


voltar última atualização: 12/04/2008
3162 visitas desde 12/04/2008

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente