Neste pedaço de terra
Os problemas flutuam na água
As baleias assassinas são dóceis nesta costa
Há um ar de magia e energia absorvidas pelas narinas
Um cavalo do mar perdeu a ferradura ontem
E os sapateiros deste lugar brigam pela cola dos ouriços
As gaivotas cantam com o vento sul na garganta
E as bruxas dançam em círculos na floresta tropical
As montanhas e morros desenham a silhueta de Florianópolis
Com seus traços e contornos sutis
Despindo e vestindo a lua e o sol.
Com os sorrisos noturnos se levantam os antigos demônios
Procurando um lar na sombra das almas,
E ao redor do fogo, todos castigam os seus sofrimentos.
Os olhos nus, divinos, conscientes de si,
Devorando outros olhos, esperando migalhas de luz humana,
Natureza animal decodificada,
Em concreto verde e selvas cinzas,
Cultuando a Horus e aos totens.
(Dedicado a Florianópolis)
(Moilec Vailea)
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