A raptora de almas
Te sufoco, te congelo
Possuo-te assim que te aperto
Te envolvo em meus braços
Acaricio-te
Aperto-te novamente
Roubo-te
Minhas singelas mãos passeiam
Rosto, boca, orelhas,
Costas, braços e mãos,
Teu tato inteiro me tateia
Sinto tua aceitação
Queimo-te a cada toque
A cada atritar de pele
Nem sentes, mas eu sinto.
Isto, ainda, sequer te fere...
Me aproximo de ti com outra intenção
Escondo-a até de meu próprio consciente
Quero roubar-te a sensação, o medo, a ingenuidade,
Furto de ti energia, fé, vitalidade...
Nem te fará falta, e eu necessito.
Talvez te ajude em algum ponto
Tendes contigo uma gloria
E agora, tendes pra ti um conto!
(Monalisa de Moraes)
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