A Garganta da Serpente

Monalisa de Moraes

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Tua morte

Temo te sufocar com todo esse sentimento e te fazer assim, parar de respirar,
Morrer nesse momento só por um pulmão sem ar...

Eu tento te matar
Matar-te aqui de dentro
Pra evitar tua morte
Com a dor do passar do tempo

A cada chute revidado, tu te fortaleces e eu pereço
Nunca foi minha intenção e agora... q grande desfecho

Reconheço a minha culpa
Mas que diferença isso faz
Tua dor já é fato e só Freud pra voltar atrás

Nem deves mesmo querer
Em ira tornou-se teu amor
Que grande este meu poder
De proporcionar tanta dor

Quanto poder preciso pra não machucar mais ninguém?
Parar com esse deboche e esse maldito desdém?

Esse meu instinto tolo e racionalidade furada
Nem ia fazer, agora está feito!
E se penso, escolho a opção errada.

Temo te sufocar
Matar-te como matei aos outros
E talvez te fazer chorar

Fazer a peste do tempo
A minha dor acalentar
Ao teu coração parar
Se partir e despedaçar
Mesmo sabendo que ele mesmo, o tempo,
Não parará pra ti concertar...


(Monalisa de Moraes)


voltar última atualização: 13/01/2009
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