Desejo
Perder a minha alma entre seus lábios.
E, derramando minha pele em seu cheiro,
Embriagar-me no hálito de sua ansiedade...
Lentamente libertar minhas borboletas
No profundo céu do seu calor...
Permitir que suas mãos desenhem
Estrelas de fogo em meu sorriso.
Sua voz alterando-me os sentidos
Com exigência e gentileza...
Prenda-me, com força, em sua vontade.
Obrigue-me, com paixão egoísta, sempre...
E estarei servindo-lhe, humildemente.
Delicadamente eu contentaria minha boca
Que sedenta haveria de saciar-se,
Devagar, em suas tatuagens...
Deliciando-lhe cada poro e cada pêlo
Insanamente...
Minha imensa vontade de você
Envolvendo-o na amálgama úmida
De um abandono intenso e tórrido
Sem tempo, sem espaço e sem controle...
(Mônica Fernandes)
|