Dia perdido
Abandono profundo senti...
Minha liberdade, meu carrasco...
Vaguei na escuridão, imprestável,
vi o abismo que eu mesma criei
e o dia seguiu perdido...
Sofrimento de Sá Carneiro,
sem saber de luz nem de sonho,
apenas dormi com medo
e os escorpiões nos lençóis
consumiram minha alma...
Eu estava morta e fria,
a sombra me encarava, me atraía
queria segui-la, prová-la...
O gosto da morte na boca
e teu rosto na mente....
(Mônica Fernandes)
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