A Garganta da Serpente

Mônica Fernandes

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Querer-me

Castigo infernal querer-me,
não pertenço nem a mim....
Sou fuga, névoa fria sem forma...
Meu existir é tortura, palavra suspensa
Desejo infinito, busca egoísta...
Quero meu prazer somente
Andar sem rastro, decompor-me
Provar teu gosto, depois outro...
Sofrer tua falta, alucinar a língua
Depois, quedar vencida sem rosto
um nome perdido, estrela caída...
Sentir corvos devorando-me por dentro
Escrever a sangue linhas inúteis,
Lágrima enganada , caminho cortado...
Sou minha própria mentira.


(Mônica Fernandes)


voltar última atualização: 17/08/2009
9903 visitas desde 01/07/2005

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente