A Garganta da Serpente

Maria Regina de Souza

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Grão de Areia

De mim, senão...
De ti, sei não...
De nós, sei lá...

Sei até onde a verdade me oferece
Sei até o fio da teia que aranha tece
Sei do norte que me tonteia
Sei do ínfimo grão de areia
Que na ampulheta me orienta

Sei do jogo de cálidas palavras
Do júbilo da tarde que jamais anoitece
Da sabedoria das coisas pequenas
De todas as interrogações terrenas
Onde minha poesia floresce


(Maria Regina de Souza)


voltar última atualização: 29/11/2007
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