A Garganta da Serpente

Maria Regina de Souza

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Frágil

Um leve sopro me faz flutuar
No cheiro ácido do limão
Terra batida no canto do pássaro
Que depois da chuva, estufa de alegria

Junto do tronco rosado do ipê
O vento leva folhas salpicantes
contato que traz desassossego
Me pareço, tem vezes, como uma avenca
Frágil, indócil, no meio do campo em desalinho
Ou então, tal como filhote indefeso
a esperar ansioso comida no ninho.


(Maria Regina de Souza)


voltar última atualização: 29/11/2007
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