A Garganta da Serpente

Mulher do Saco

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TUDO, MENOS UM SONETO

Na minha língua parou um calor,
nesse calor pararam as idéias
As idéias se separaram então

Repito aguda cada segundo,
das dores infinitas lágrimas
Estão tão sozinhos os homens
E as mulheres estão miúdas

Estou separada de todos,
mesmo junta estando morta
Me arredo e me arrepio
Noite fria, nuvem negra

Estou de beijo e de estalo,
estou estática, paralítica
Morbidez assexuada.


(Mulher do Saco)


voltar última atualização: 03/01/2006
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