A Garganta da Serpente

Murilo Araújo

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Sinos de Bronze

SINOS DE BRONZE! o vosso timbre escuto
dobrando em luto -
dobrando e soluçando quando tange.

A angústia negra o coração me morde:
O vosso acorde -
a Morte vem zoá-lo como um alfanje?

Eu vos escuto como um choro fundo,
quando aprofundo
o nada... a vida - e o ser se me confrange.

Sinos de bronze! a vossa voz tão longa,
na noite se prolonga
como um gemido ao longe... E plange, plange!


(Murilo Araújo)


voltar última atualização: 06/12/2005
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