Sinos de Bronze
SINOS DE BRONZE! o vosso timbre escuto
dobrando em luto -
dobrando e soluçando quando tange.
A angústia negra o coração me morde:
O vosso acorde -
a Morte vem zoá-lo como um alfanje?
Eu vos escuto como um choro fundo,
quando aprofundo
o nada... a vida - e o ser se me confrange.
Sinos de bronze! a vossa voz tão longa,
na noite se prolonga
como um gemido ao longe... E plange, plange!
(Murilo Araújo)
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