Minhas mãos!!!!
Mãos pousadas, mãos ardentes,
Que falam tacitamente,
E indicam, em tons vividos,
Os sonhos que abrilhantaram,
Em épocas de tais venturas,
Com o vigor de tais procuras.
E, revelam-se suavemente...
Mãos que acariciaram ternuras.
Mãos que afagaram loucuras.
Que construíram castelos...
Que escreveram sobre o amor.
Mãos que afastaram a dor.
Para viver tão somente,
As loucuras de amor ardente...
Ah! Deixe-as pousadas, afinal,
Pois cumpriram o seu papel.
Que, sôfregas de tanto amor,
Repousam em colo ardente,
Como relíquias da vida em flor...
Como dádivas de imenso amor...
Todas as carícias mudas em côr...
(Myriam Peres)
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