A Garganta da Serpente

Myriam Peres

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Vem comigo...

Enche-me o peito em largos ais
Ver-te-me, na face, tremor intenso
Suga-me no peito, querendo mais
O calor da volúpia queimando e, tenso...

Mas, que fazer já que me tens toda?
Pedindo, suplicando formas febris?
Dou-te-me inteira sem pudores, quis
Trazer-te à tona para que exploda...

Amor, vamos assim ao ápice unidos
Amarmo-nos num êxtase profundo
Frementes, exaustos e quase desfalecidos
O sabor febril dos sonhos deste mundo!


(Myriam Peres)


voltar última atualização: 01/03/2002
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