A Garganta da Serpente

Nuno Miguel Moreira Vieira

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A morte não existe

São luzes diversas
É tapete vermelho
Cumprimentos de ocasião
Sorriso circunstancial
São fotógrafos aos milhares…
Será esta uma festa, ou funeral?

É gente por todo o lado,
São memórias que dançam
Ao som dos sonhos…
É arrepio e homenagem,
Tem cor de vida esta procissão…
Mãos juntas e sussurros
Corpos pesados e moles,
Rijo,
Só o meu no caixão…

Esta chuva molha a primavera
Eu,
Que nunca deixei de ser terra
Bebo-a,
Com sofreguidão…
E aprendo…

Flores! Afinal são flores,
Lágrimas?!
São só algumas, que sobem no ar…
Respiram-se
Os pecados que pedem perdão…
A morte não existe,
A vida,
Essa sim, é uma ilusão…


(Nuno Miguel Moreira Vieira)


voltar última atualização: 07/08/2006
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