A Garganta da Serpente

Odair Ribeiro

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Sorriso Brejeiro

Movem-se moinhos, inércia das flores.
Movem-se águas, inércia dos montes.
Movem-se os tempos, a velhice, os temores.
Renova-se a meiguice! Um sorriso brejeiro.
Saudades do pipoqueiro na esquina,
Dos casais de mãos dadas nas praças.
Um olhar triste por trás da vidraça.
O cachorro pensativo caminha, mais um inverno.
Neblinas temporais, tristezas! Às alegrias!
Movem-se moinhos, inércia das águas.
Às águas... Às águas voltam! Voltas?
Movem-se moinhos, inércia da vida.
Às pedras... Às pedras movem-se! Movem-se?
Renova-se a meiguice, um sorriso brejeiro.


(Odair Ribeiro)


voltar última atualização: 19/01/2009
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