A Garganta da Serpente

Oscar Calixto

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Noites

Nas noites
As fantasias iluminam a penumbra
Iludem corações solitários
Evaporando sombras nos pingos de orvalho

Na noite
Em companhia das canções
Que violam nossa alma
Fugimos da solidão

Na noite
São guardados os maiores segredos
Se escrevem os melhores enredos
Neutralizando a melancolia do tempo

Nas noites
Compreendemos a relatividade de Eistein
Revigorando as energias
Mudando o ritmo e o compasso

Nas noites
A madrugada se vai
Trazendo mais sensibilidade
Nas magias celestiais

Nas noites
Anjos energizam mentes
Simbolizando a essência de Deus
Guardiões da humanidade

Nas noites
Transcendemos do humano ao sobrenatural
Dotados da maior clarividência
A noite é angelical

Nas noites
Musas materializam-se nas prosas
Fonte inesgotável de desejo
Razão de ser dos prosaicos

Nas noites
É que se definem as vidas
Aceitas pelo dia
Escravos da noite

Nas noites
Ensaiamos o derradeiro momento
Sonhando com a eternidade
Fugindo ao pesadelo da morte

Nesta noite
Os anjos cantam e me aquecem
Na fidelidade do amor pela vida
São tantos os anjos que não me esquecem

Mas a noite se vai
Nas mais variadas formas
No bailar das canções de ninar
Embalada pelos raios lunares

Então percebo
Que todas as noites
Não são tão simples nem tão tenebrosas
São apenas formas diversas a que chamamos de noites


(Oscar Calixto)


voltar última atualização: 21/07/2005
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