A Garganta da Serpente

Osiel Alves da Silva

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Saudade

Em meus olhos a nostalgia presente
Não possui um pingo de tristeza,
Mas o precioso e lapidado presente
Cravado copiosamente em lembranças,
Voa...

...Pousa sob os umbrais de tua porta
conosco; juntinhos e abraçados.

Em meio aos cristais límpidos,
Doce, frio e líquido: o choro dos deuses;
Que valsam à melodia e ao toque do vento
Até se despedaçarem ao tocar o chão,
Fintamos algo, fortuito, longínquo.

Um quintal vasto e verde
Estende-se à nossa frente.
A grama cresce com o toque da chuva
Como crescem nossos beijos e abraços.

O céu permanece enegrecido
Por horas e horas a fio.
Lavam a alma, a culpa e a solidão,
Também aumentam o calor e acendem o desejo.

Fecho os olhos.
Nada mais importa neste momento,
Que dura...
Dura...
Dura...

Já virou saudade.


(Osiel Alves da Silva)


voltar última atualização: 22/03/2004
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