A Garganta da Serpente

Otavio Studart

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

NA PONTA DA LÍNGUA

No despertar,
admito ser teu desatino
e me deixo exalar.

No devaneio
encontro tuas mãos
e violo com a língua
teus lábios com desejo.

Na desmedida toada
rearranjo cada nota.
Caso exista descompasso
nas paradas passo e posso
desatinar no teu jazz.

Desatento,
registro minha deriva
no teu destino
e desqualifico todas as notas...
Morro de vontade de você.


(Otavio Studart)


voltar última atualização: 23/11/2009
12783 visitas desde 30/12/2007
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente