VERA, VEZ PRIMA.
Finalmente eu odeio.
Vera é vez prima!
rasga por fim este ventre
a póstuma mentira.
Por entre, por dentre,
pelo outono do meu seio
finalmente, ria, eu odeio.
Mágoa, este combustível
que explode qualquer paixão,
que transforma amor em cão
rastejando no inverno
da mais pobre aceitação
_ inferno das mesquinharias_
e ora verão, quem diria,
que do amando extremo da afeição
primavera odiaria.
(Patrícia Evans)
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