A Garganta da Serpente

Paula Valeria Andrade

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

O mito (tu)do

"O mito é o nada que é tudo"
Fernando Pessoa

O nada naquilo que tributo
Se as formas contêm o absoluto
Nas formas mantém em resoluto
O destino da identidade ideal

Amélia, Maria, Nefertite, Cleópatra...
passível possível "femme" fatal,

Afinal pouco importa
o que do sumo se escorre
o mito de nada morre

O tudo contudo é um porre.

Se na alegoria há muito que elabore
Por não ser simples na linha do limpo traço
Perversamente persiste que ignore
De todo o Globo o bagaço.

Ajustamentos
Sobreposições

Justa causa
de todas as razões,

No mito o tudo que é tudoquasenada
tudo daquilo que ele tem
(é nada e é tudo)

Simplesmente sobrevem.


(Paula Valeria Andrade)


voltar última atualização: 01/04/2007
10730 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente