AINDA HÁ
Ainda bebo poesia nas noites mal dormidas.
Ainda como margaridas.
Ou margareths atrevidas...
Ainda respiro teu suor.
Ainda acredito no amor...
Só não penso mais em córregos.
Prefiro correr lado a lado.
E me sentir saciado com esses olhos e essa boca.
Minha língua é portuguesa, africana, espanhola...
Mas ainda bebo poesia.
E ainda faço a minha hora...
(Paulo Garcia)
|