A Garganta da Serpente

Paulo Garcia

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CONTATO
CONCRETO-CAÓTICO
DAS ÁGUAS

Ondas.
Andas.
Rio, mar. Indo. Ando.

Paro. Poro.
Pororoca.
Oca. Cara. Um cara no rio, indo pro mar.
Pro escambau com a métrica, a retórica, a ótica medíocre.
Águas e chuvas. Turvas. Luvas de borracha e o plexo.
Sem nexo, ando. Indo pra longe, rio adentro.
Relento, rebento das manadas, das anáguas da mamãe.

Agá dois ó.
Baldes. Se esbalde comigo. Come. Umbigo. Perigo
na correnteza. Incerteza. Tesa. Lisa como a pedra d'água.
Poros agora. Fora o gozo, o gozado na canoa.
Sal e doce. Ocre azedo, o teu medo de tudo.
Do mudo te xingar.

Pororoquear. Se molhar no cruzamento. Casamento.
Alimento pra visão. O Clarão desse eterno se encontrar.

Já é mar.
Navegar nunca foi preciso.
Só amar...


(Paulo Garcia)


voltar última atualização: 07/08/2003
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