A Garganta da Serpente

Paulo Olmedo

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Quando eu morri

Quando eu morri
os sonhos apodreceram
e o futuro
transmutou-se
em um enfadonho calendário na parede

Quando eu morri
minhas pernas insistiram
em erguer-me
e meus olhos
teimosamente
se abriram

Quando eu morri
perdi o medo de viver
e chorei em seco
amargamente
por todos que ainda não morreram

Morri e desencontrei-me da paz...


(Paulo Olmedo)


voltar última atualização: 06/10/2008
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