A Garganta da Serpente

Paulo Nieri

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T'AQUI TARDIA

Ver e não acreditar
Na esperança de poder ser
De querer fazer sem sentir
Que por um minuto amou
Sem cobranças de ninguém
Que conheceu sem querer
No ocaso da razão libertina
Que reanima o que queremos
Sob o sol da incerteza mais pura
Que flui da loucura matreira
Mas verdadeira e sem remorso
Perdida no anonimato da mentira
Compartilhada pelo segredo
Virgem mas conhecedor de tudo
Mas por nada, criado sem querer
Sem dor ou emoção, existe
Calmo e complacente com sua existência
Porque só assim pode rever
A vida como um todo
Perdido na aurora de um tempo
De uma era distante e impar
Mas por tudo e por todos
Escolhe a solidão e abraça,
Com força e coragem o seu destino
Ver o mundo como um homem
Mas jamais como um menino

(25/10/97)


(Paulo Nieri)


voltar última atualização: 21/06/2005
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