A Garganta da Serpente

Pedro Luís Pereira de Sousa

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Em um Album

Meu Deus! Eu folheava mansamente
Este livro... e minh'alma estremecia...
Oh! quanto sonho! Que visões douradas!...
Que sorrisos de amor e que ironia!

Folhas gentis e brancas - côr de rosa -
Verdes como de amor uma esperança,
Todas passavam a contar sentidas...
Um beijo, uma loucura, uma lembrança.

Assim, o passarinho entristecido
Roça as nuvens do céu... revôa e passa
E as nuvens de mil côres lhe desejam
Quadros de amor e sonhos de desgraça.

E, como o passarinho deixa as nuvens
E vai perder-se ao longe - no infinito,
Tambem eu deixo as folhas, comovido,
E sigo além romagem de proscrito.


(Pedro Luís Pereira de Sousa)


voltar última atualização: 06/12/2005
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