A Garganta da Serpente

Pequenina

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

FEBRE DE TI...

Febre de ti, molhado de suor em mim; umedece
Rubra romã, fruto maduro que aos meus olhos apetece...
Sinto-te em mim, a esquadrinhar no meu avesso, o meio
No céu de tua boca, em gritos de prazer, o seio...
Beijos molhados, com o sabor da pura essência amor
Qual colibri sugando o pólen dando vida a flor
Corpo molhado de suor, roçando em mim febril...
Músculos excitados, braços fortes, mostra-te viril...
Meu astro rei, o estrelado do meu céu azul, anil
Um furacão só de prazer, e de desejos mil
Chuva que cai, a percorrer pelos beirais, gotejante...
Na pedra dura, a gota mole, que se faz cortante...
Na madrugada, eu me enrosco ao teu peito amante...
Fecho os olhos, e encontro em teus braços, o ninho
Sua voz quente, envolvente, a sussurrar baixinho
Nos abraçamos, nos amamos até o nascer do sol
Corpos molhados de suor de ti em mim, no lençol
Música suave, o som divino é o cantar do rouxinol
Baila a vida, baila o mundo, em suaves tons, de cor
Bailamos juntos entrelaçados no compasso, amor
Num vai e vem, deságuam rios de suor, sem dor
Buscando o mar, com a magia que o amor anseia
Suave espuma de mansinho, vem brincar na areia
Febre de ti, molhado de suor em mim; semeia...


(Pequenina)


voltar última atualização: 03/10/2006
9487 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente