A Garganta da Serpente

Pequenina

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O Canto da Gaivota

O dia amanhece sombrio
E não vejo o brilho do sol
As nuvens pairam no ar
E a gaivota a cantar.

Não sei se é um canto
Ou um lamento
Maltratada pelo vento
Pousada a beira mar.
Gaivota solitária
Sei que voas contra o vento
Vencida pelo sofrimento
Que a sorte a destinou.

Sozinha e desamparada
Perdida e abandonada
Tristonha, a espera da morte
Ferida chora de dor.
Pobre amiga gaivota
Somos iguais, e tão diferentes
Sei que vivo como tu
Sem rumo, e sem direção.

Sofremos a mesma dor
Vivemos sós, e sem amor
E já que tens tuas asas
Empreste-as ao meu coração.
Para que ele voe bem alto
E vá para longe de mim
Libertando-me do cansaço
E desta vida sem cor.

Os sonhos que tive um dia
Há muito já se apagou
Minha triste gaivota
Cantemos a nossa dor...


(Pequenina)


voltar última atualização: 03/10/2006
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