A Garganta da Serpente

Pequenina

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Ah, olhos meus!

Que a tudo vês, e a nada mais tu dás valor
És o esboço de uma tela em preto e branco
Como se o tempo que se foi, fosse distante
E á vagar, tu te arrastas como um manco.

Ah, olhos meus!

Triste profundos, estás seco e sem fulgor
Nada te encanta, nada acende, não tens cor
Tuas retinas estão coberto por uma névoa
Tuas estrelas se cobriram, em tanta dor.

Ah, olhos meus!

Onde escondeu-se aquela lua reluzente
Que o consolava as horas tristes, a solidão
Ao revelar-te aquela face, em que retrata
Aquela voz, aquele olhar, e um coração.

Ah, olhos meus!

Tu te apagaste, mas gravastes na memória
Um longo filme que relata á tua história
Ficou marcado em meu peito, em meu viver
A tua luz hoje sem brilho, é a minha glória.

Ah, olhos meus!


(Pequenina)


voltar última atualização: 03/10/2006
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