A Garganta da Serpente

Peter_Pan

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

O teu riso

O teu riso tão meigo,
o teu riso tão claro,
o teu riso tão doce,
tão dissimulado,
perdido,
desmascarado,
e jogado,
sem querer.

o teu riso tão triste,
que ninguém resiste,
o teu riso de dor,
a dor que consome ,
a dor que gera,
a dor da fome,
dor que procria,
dor sem alento,
sem ave-maria,
é o alimento,
tormento,
encantamento,
do teu viver.

O teu riso de pranto
espelho da alma,
o teu riso de brisa,
que te liberta,
que te exorciza,
que te enxerta,
no meu ser.

O teu riso profano,
preto-no-branco,
o teu riso mundano,
sem resposta minha,
porque tinha,
sim, porque tinha,
medo,
de me perder.


(Peter_Pan)


voltar última atualização: 12/04/2008
10486 visitas desde 03/07/2007
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente