Pensamentos
Cai a chuva
na tarde,
úmida,
despida.
O poeta com
as mãos tremulas
mancha
o branco papel
com
palavras
líricas,
deixando apenas
seus pensamentos
voar
e
voar.
A
mente inerte
lhe açoita o espírito.
Lembranças,
lembranças
vagas.
Na penumbra da tarde
segundos não passam,
não
passam não.
O tempo também
me açoita,
cada minuto vejo
o
fim,
o
fim de mais uma tarde.
Levando
toda minha esperança
E a poesia também,
parte
a
parte.
(Peterson Sá de Freitas)
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