Introdutório
Corre em mim o sangue dos deuses
das donzelas, a ambição da plebe
dos verdadeiros reis e a felicidade.
Sou agora o instrumento protetor das peles
e não só o animal ferido de outrora
ignorado dentro de sua razão reles
mas o digno porvir da nova aurora!
Sou, sou tudo, sou o nada, sou a massa
ignara de excitantes membros posto afora
na luz fulgurante do extasiante mundo
feito em carne especialmente para mim.
O único animal que quando nasce chora
sou já ser-humano único e sereno
nas graças de Gaia virando querubim.
(Pimentinha)
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