A Garganta da Serpente
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Onda do Ar

Tempo passa, passa tempo
Passa vento, passa carro
Passo as mãos nos meus cabelos
Passo freio nos meus anseios
Passa gente, e esse ar quente...
Passada as batidas dos meus pés no chão
Molhadas pelo suor do relógio em mãos
Passa as folhas do meu livro
Palavras e palavras que tudo leio
E nada entendo
Borrões negros de ansiedade
E desejo
De por fim a essa saudade
De meu olhar encontrar seu olhar
E meu bobo coração
De tão bobo parar
Pra depois voltar a pulsar
A mil, espalhando em código Morse
Pra quem quiser escutar
O gosto que tenho em ver-te
Passar
Parece até que é "onda do ar"
Que quando me vê te vendo
Faz o mundo rápido girar
Faz meu cabelo voar
E a minha alma pular
Sair a sorrir, a planar
Correr, atravessar
As ruas, as luas
Até cair nas ondas do mar

(Pluto)



voltar última atualização: 03/05/2007
7491 visitas desde 03/05/2007
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente